Durante esta caminhada houve muitos nomes que surgiram e sugeriram para o título deste post…
Cu-cu-ru-cu-cuuuuu… Cascas de banana à vista!!!… Oh Pedro, não nos abandones!!!… Enfim, todas aquelas patetices que agora me fazem lembrar a bela caminhada deste sábado…
Foi de manhã bem cedinho que nos encontrámos em frente à Estação de Comboios de Torres Vedras… Tão cedinho que ainda havia quem aproveitasse para fechar os olhinhos…
E ao bater das 09h00 o Mariola-Mor começou o briefing, sob umas pinguitas de água que começavam a cair, como que a abençoar a caminhada.
A chuva parou e nós, tockandar, rumámos às margens do Sizandro, em direcção às Termas dos Cucos.
Daí, tomámos a Alameda que nos levou a cruzar a N9, para apanharmos o desvio dos Dinossauros…
Lá metemos por um carreirinho que nos levou na peugada dos Dinossauros, de olhos postos nos Cucos…
E numa laje inclinada eis que as pegadas de dinossauros surgem perante nós…
Contudo, dizem agora uns entendidos que afinal as pegadas são restos de decapódes, tipo sapateiras e camarões da época “dinossáurica” com 10 patinhas… Vai na volta isto era a marisqueira lá do sítio e que estamos agora a ver são as cascas que os dinossauros deixaram depois do petisco!
Deixamos então as pegadas para trás e seguimos as Mariolas, que nos enviam por um trilho perfeitamente desenhado, com degraus bem escavados, fortalecidos por traves de madeira… Tudo cortesia do Mariolas-Mor que nos andou a fazer este caminho, de forma a que o trilho fosse seguro para todos… Impressionante, no mínimo!
Passo a passo, voltamos às Termas dos Cucos, seguindo o caminho de bronze sobre um tapete esmeralda…
Aproveitamos para mais umas fotos ao edifício onde antigamente funcionava o Casino, entretendo os utentes das termas durante a noite…
Edifício que serve agora de porta-mensagens de alguém desesperado que se sentiu abandonado… Tal como os que estavam para trás e a dada altura se viram sem o seu estimado líder… “Pedro, não nos abandones!!!”
Gargalhando trilho acima, lá nos vamos desviando dos ramos das árvores, devidamente assinalados pelo Pedro (que afinal não nos abandonou)…
Seguimos agora por um trilho a céu aberto, com amplos horizontes, onde os montes são encimados por moinhos e o verde é dividido pelo cinza da A8…
Um trilho que nos leva até uma azenha junto à linha férrea, nas margens do Sizandro, ali mesmo à beira das árvores onde crescem cascas de banana!!!
Passamos para o outro lado da linha, de olhar preso nos 3 túneis e entramos num belíssimo trilho, pelo meio do bosque.
Segue-se a troupe dos salta-fossinhos (eu sei, é um bocado forçada, mas não é uma poça e o fosso é pequenino!) cada um com a sua estratégia, ora de bastões em riste, ora de braços no ar, o importante é saltar!!!
Segue-se um misto de paisagens em que o verde dos campos se destaca contra o cinzento do céu e onde o passado e o presente convivem no horizonte sob a forma de moinhos e eólicas, para onde avançamos…
Junto ao moinho da Srª da Conceição paramos para uma breve refeição…
E uma vez mais a banana e a sua casca chama a atenção!
Deixamos as eólicas e os moinhos para trás e sorrio perante o abraço de 2 amigos ao voltarem a caminhar juntos… Sorrio perante a paisagem à minha frente…
Sorrio… Simplesmente porque quando estamos atentos, até um dia cinzento nos dá motivos para sorrir, se soubermos apreciar a cor no meio do cinza… Parar para cheirar as flores… Ver a luz ao fundo do túnel… Sorrimos porque vemos a vida com lentes de cor laranja, que tornam o mundo mais solarengo, mesmo num dia cinzento…
E dos cimo da serra começamos a descer, com cuidadinho, por entre os eucaliptos e os cogumelos até ao Vale do Lusco-Fusco, assim baptizado por vir antes do Vale Escuro…
Ali no meio da vegetação descobrimos cores, encontramos fósseis (escondidos pelo Pedro) e apreciamos cada passo, cada olhar, enquanto exploramos o trilho que nos leva pelo verde Vale Escuro…
Deixamos o escuro vale por horizontes mais claros…
E à medida que nos aproximamos do Moinho do Gaio, a chuva começa a cair, mas não por muito tempo…
Com Torres Vedras à vista, resta-nos descer de volta à cidade…
Não sem antes tirarmos a foto deste belo e sorridente grupo… Primeiro sem o Mariola-Mor…
E depois, com a malta toda, que coube numa auto-foto de grupo.
E assim, num mar de sorrisos, termina mais uma bela caminhada… Venham mais destas e… Tockandar!!!