Respondendo a um convite para um projecto que tem a ver com a Grande Rota das Linhas de Torres Vedras, juntei-me a uns amigos torreenses, e não só, para fazermos uma “verificação” do trilho existente, ou GR30. E foi assim que no sábado gordo de Carnaval, nos juntámos perto do Forte de São Vicente para iniciar esta “tarefa”!!
Descemos do Forte até ao centro de Torres Vedras, passando junto ao castelo e nas suas ruas estreitinhas da zona mais antiga da cidade…
Minutos depois estávamos no coração da cidade, passando junto ao chafariz dos canos, agora em reconstrução e pouco depois na Praça principal, onde, entre fachadas interessantes, encontrámos alguns cabeçudos políticos que muito poderiam aprender com o saudoso Joaquim Gomes.
Depois de um pequeno “pit-stop” na afamada Fábrica Coroa, rendendo-nos ao aroma e não resistindo a levar connosco os tradicionais pastelinhos de feijão e a sua versão em grão de bico, passamos pelo Convento da Graça (então a Graça tem um convento e não diz nada à malta?!!) e pelo obelisco evocativo das Linhas de Torres, antes de deixarmos a cidade, passando sobre a via rápida e começando a subir pelo trilho marcado.
Subimos e subimos por alcatrão, enveredando depois por um trilho que desemboca numa estrada, onde encontrámos uma placa da GR30… Para a direita iríamos para o Convento do Varatojo e para a esquerda para o Castro do Zambujal. Contudo, o trilho que tínhamos gravado no GPS enviava-nos, curiosamente, para o lado direito… Humm… Então e nós para que lado vamos?
Depois de conferenciarmos em grupo, lá nos decidimos a seguir o trilho marcado no GPS, receando pelo outro trilho apanharmos mais alcatrão… E foi assim que rumando à estrada que conduziria ao Convento do Varatojo, lá apanhámos depois o desvio para o Castro do Zambujal, que nos trouxe a um belíssimo trilho que a dada altura passava por um denso bosque…
Agora sim, caminhávamos soltos, por entre campos de cultivo,
Sem alcatrão por perto, rumo ao Castro do Zambujal, um povoado fortificado que remonta a 3000 a.C.
Aproveitamos o local para uma pequena pausa para biscoitos!! ;) E depois tockandar, que ainda temos muito que calcorrear!!
Voltamos a apanhar mais alcatrão… E optamos por uma mudança de planos, deixando o trilho marcado, não indo ao Forte do Pelicano (Bateria de Pedrulhos) e subindo, um pouco a corta-mato, direitos ao Forte do Outeiro da Prata.
Agora sim, lá no cimo temos um trilho muito bonito que nos leva do Forte do Outeiro da Prata, ao Forte do Cabrito e depois, com uma valente subida até ao Forte da Milharosa.
De lá, começámos a descer, pelo meio das vinhas e de flores.
Passamos a Bateria do Outeiro de França, a Bateria da Ponte de Rol I, virando depois para o Reduto do Grilo, de onde avistámos ao longe o “Ninho dos Bitoques”. Era hora de almoço e o desafio foi lançado, tendo sido aceite por todos!! E lá fizemos nós um desviozinho para um valente almoço de “Corso Carnavalesco”!! Ora vejam lá a pinta do prato (ou da travessa)!!
Tudo o que era preciso para animar este grupo de valorosos caminheiros: xixa boa, batatinhas, salada e fruta!! Até chantilly havia!!! E picante, do bom, (servido em garrafinha de orangina!!)
Barriguinhas cheias, era altura de voltar ao trilho… Ainda houve quem falasse em apanhar o autocarro, mas nada disso!! A malta veio cá para caminhar!! Por isso, tockandar!!
Como o RR ainda tinha de ir trabalhar nesse dia, optámos por apanhar a “via-rápida”, ou seja a eco-pista, sempre junto ao rio… Bom, com a brincadeira de irmos sempre junto ao rio, ainda acabámos por dar uma voltinha de mais de 2km… E depois acabámos por não subir à Baterias da Cruz, nem passarmos no Convento do Varatojo… Ficarão para uma próxima vez…
Chegámos finalmente ao Forte de São Vicente… E o que há de melhor para fazer depois de uma boa caminhada de 23,5km? Pescar os óculos de sol do PS, que caíram ao fosso!!
E apreciar o magnífico por-do-sol do Oeste!!
Grata a todos pela companhia e boa disposição reinantes!! E tockandar!!
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