Foi um grande fim-de-semana este! Grande pela dimensão dos sorrisos que originou… Grande pela amizade que se sentia… Grande pela forma como fomos acolhidos nesta 2ª Edição dos Moinhos dos Cubos. E grande portanto, será também este post… Com muitas, muitas fotos! Tantas que optei por dividi-lo em 3, consoante o nº de dias.
Devo dizer que falhei a 1ª Edição, que teve lugar no ano passado com a malta que subiu ao Toubkal. Nesta 2ª Edição houve algumas ausências, todas elas sentidas, mas ainda assim, o grupo funcionou muito, muito bem, tornando esta 2ª edição um sucesso, com pedidos para mais!!!
Dia 2
Eram 07h30 quando, já acordada, começo a ouvir portas a bater… E quando bateram à minha porta a dar a alvorada, gritando alegremente: “Bom dia!! Vamos a acordar!! Tá na hora!!”, salto da cama, ainda enrolada no saco-cama e abrindo a porta de par-em-par, prego um valente susto ao Sô MC que já por ali andava a acordar toda a gente!! Hehehe!!
Depois de um valente pequeno-almoço, lá deixámos os Moinhos dos Cubos, iniciando o nosso trilho.
Então e vamos para onde? Quem é o guia? Éramos todos nós, em sintonia…
Seguimos por caminhos de pé posto, trilhos por entre as azinheiras, que nos levavam onde a gente quisesse ir…
No nosso caso, para começar, o destino era Alegrete e o seu castelo altaneiro.
E pelo caminho fomos descobrindo ainda bons terrenos de cultivo, onde as favas medram e as batatas grelam…
Onde os narcisos florescem, à beira de paredes caiadas de branco…
Onde as oliveiras ainda vingam nos campos vestidos de verde, dando-nos sombra no caminho…
À medida que nos aproximamos de Alegrete, ninguém resiste ao encanto deste castelo empinado no alto do monte.
E muito apropriadamente, passeamos com a Bicas, pela sua fonte!!
E vamos aproveitando para “cheirar” as belas flores, que nos aparecem pelo caminho…
Desde uma “espécie” de dália de cor rosa, encantadora a reluzir ao sol, a outras flores, vermelhas, rosadas, ou couves em flor e estrelícias.
Em Alegrete, começamos a subir, rumo ao castelo, passando um bar que poderia ser o nosso!!
Indo depois dar a uma fonte, onde alguns aproveitaram para saciar a sua sede.
Continuámos, subindo as ruas de Alegrete…
Apreciando pequenos pormenores, como o Coreto, ou a Torre do Relógio, a Fonte da Praça e o conjunto com a muralha, mandada erigir no reinado de D.Dinis.
Apreciamos ainda as igrejas… A Matriz (séc. XVI) – com a sua Torre do Relógio, e a da Misericórdia (séc.XVII), todas rematadas em azul que se confunde com o céu que lhes serve de pano de fundo…
Entretanto, com a subida, a mais pequenita do grupo e a mais velhota começam a ficar cansaditas e aproveita-se para descansar, antes de entrarmos no castelo.
E o castelo de Alegrete é magnífico! Remontando à época dos Lusitanos, foi depois da reconquista cristã que foi incorporado em território português e reedificado por ordem de D.Dinis no séc. XIV.
Aproveitamos para passear nas suas muralhas e eis senão quando, Sir Charles of the Missing Binoculars encontra os seus binóculos desaparecidos!!!
Ou pelo menos uns parecidos!! Não são tão bons como os originais, mas dão para observar quem está lá do outro lado a fazer adeus!!!
observamos as vistas em redor do castelo… A localidade de Alegrete a seus pés e depois a serra e a planície alentejana…
Saímos do castelo, procurando o trilho, por entre rosas que crescem junto à muralha, olhando a sua juventude perdida…
Mais abaixo, passamos por uma horta, cultivada em socalco, com um nome característico (que já não me recordo), por cactos “plantados” em beirais e por antigas casas, meio em ruínas…
Cruzamo-nos ainda com um curioso arco de uma porta, que revela alguns símbolos que se assemelham a flores-de-lis de um lado e cruzes templárias do outro, o que daria uma conotação de nobreza a esta casa. O que foi interessante é que a dona desta casa encontraram o arco por mero acaso, depois da parte de cima da porta de entrada ter caído, há algum tempo; nessa altura, aperceberam-se do arco real da porta original e decidiram-no colocar à vista de todos.
Com a ajuda do dono desta casa, encontramos o trilho que nos levaria alegremente, e por “maus caminhos”, à ribeira e daí para a crista da serra. Encontramos também outros pormenores interessantes, como este sino ou esta pena…
E à saída de Alegrete paramos, por um momento, a contemplar um olival com árvores que terão certamente pelo menos 1 século de existência.
O trilho é bom e a companhia também…
E num instante chegamos à ribeira…
Quem aproveita para o mergulho é a Bicas, sempre pronta para ir buscar uma pedrinha ao fundo da ribeira!!
Cruzamos nós também a ribeira para o outro lado, a passo, ou com balanço…
E começamos então a subida da serra, “colhendo” flores, apreciando as vistas e ultrapassando obstáculos…
Ficam entretanto pelo caminho M. e a pequena I. que já não consegue aguentar a subida, enquanto os restantes continuam até ao cimo…
De lá, as vistas são magníficas…
Aproveitamos então para, no cimo das rochas, fazermos um belo pic-nic. O sol morno cobre-nos o rosto, a vista preenche-nos a alma e o ar, fresco, enche-nos o peito. É bom estar aqui… Em harmonia.
Aproveito ainda para apanhar mais umas florzinhas… Bem sei que não é Primavera, mas os campos já se começam a revestir de cor e alegria…
E até as borboletas já andam no ar e os primeiros crocos do chão começam a brotar…
Não resistindo às flores da serra, fui colhendo delicadamente uma a uma, cada uma das que fui encontrando. E quando dei por isso, deixámos a crista da serra e começámos a descer, por entre trilhos traçados no meio do pinhal, sempre com muito cuidado para não nos cruzarmos com as processionárias que poderiam magoar a Bicas.
Do Pinhal, descemos mais, junto à ribeira, indo depois dar ao local onde antes se malhavam os cereais.
E de onde podemos observar por entre o verde, Alegrete no fundo do vale…
Descemos pois, apanhando um belo trilho, junto à ribeira…
Tão bonito que até dava vontade de dançar!!! Para gáudio de todos e da Bicas que também queria dar o seu pezinho de dança!!
Depois desta alegre dança, atentamos num outro pormenor… Ao longe um rebanho de ovelhas pastam nos campos verdes e um “borrachinho”, como o MC lhe chamou, pequenino, pequenino toma também o seu almoço directamente dos úberos da mamã ovelha. E foi giro notar que, ao verem-nos, o rebanho se uniu em volta do borreguinho, como que a protegê-lo.
Deixamo-los pois, em paz, na sua refeição e continuamos o nosso florido caminho, dando apoio ao mais piqueno, que diz que já não tem forças nas canetas!!
Passando ao largo de Alegrete, notamos mais um borreguinho em hora de refeição… Contou-nos a dona que nasceu dias antes, no dia em que fez muito frio… Mas apersar de mimoso, não chegará à Páscoa… É o ciclo da sua vida…
Faltando muito pouco para chegarmos a Vale de Cavalos, fazemos um pouco de caminho por estrada, encontrando no vale, não cavalos, mas vacas bravas a pastar e a descansar ao solinho do fim de tarde…
E lá chegamos, 18,5km depois aos Moinhos dos Cubos onde, depois de uma bela banhoca, se começam os preparativos para o petisco que viria a ser o jantar…
Ora o cardápio começou então com uma cachola e uma morcela bem assadinhas no carvão, bem regadas pela pinga que Lord Charles e Tia Cacá nos haviam deixado de véspera, seguidas de um belo piano no churrasquinho, com arroz “especial” e uma salada à maneira. Mas a surpresa da noite, foi o frasquinho que podem ver no centro da mesa…
Não, não são azeitonas… São Uvas!!! Uvas mágicas!!! Deixadas a macerar em boa aguardente, o fez delas um pitéu daqueles… assim tipo ginginha, com elas!!! Daqueles que é bom para tirar o frio!!! E depois do petisco, foi hora do chazinho, à lareira, lembrando as boas memórias da belíssima caminhada do dia.
E depois, bom… Depois foi hora de descansar, que no dia seguinte há mais… Tockadormir!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário