Começámos em Runa, com a habitual, e sempre interessante, introdução teórica do PR, sob os olhares e ouvidos atentos da malta caminheira.
E depois, tá claro, demos corda às botas e tockandar que a manhã está fria e a malta precisa de aquecer!!
Passado pouco tempo já o frio começava a passar, uma vez que a caminhada começava com uma valente subidinha em direcção ao Penedo, que desembocava num antigo pombal rodeado por lírios luxuriantes (iris subbiflora) de um lado e florzinhas amarelas (narcissus bulbocodium obesus) do outro… Irresistíveis…
Depois disso, andámos a ziguezaguear pelo bosque, perfumado de alecrim (rosmarinus officinalis)…
Mais uma subidinha e chegamos a um cemitério que teria sido usado para sepultar alguns dos soldados portugueses que lutaram na Grande Guerra (1914-1918) e que se encontrariam a viver numa espécie de lar que se encontrava um pouco mais abaixo, no meio do verde…
Deixando o lúgubre, mas belo local para trás, avançamos entre amena cavaqueira pelo meio das árvores tombadas, subindo rumo a moinhos
Caminhamos celeremente, mas sem pressa… Apreciando cada pormenor, inspirando cada molécula de ar e deixando que ela flua por nós, inspirando-nos…
Deixando as paisagens abertas, voltamos ao bosque, onde descobrimos uma pequena lagoa, espelho de água perfeito…
Mais uma árvore tombada, mais uma bela paisagem a seguir, mais um fantástico trilho a percorrer…
E entretanto está uma partidinha a decorrer!! Afinal é Carnaval e ninguém vai levar a mal… Até porque quando mais à frente descobrem que nas suas mochilas está presa uma florzinha, ou um coração, em origami (gentilmente feita pela S.), a risada é geral… São estas as melhores partidas… As que despertam sorrisos!!
Mais à frente paramos para merendar e visitar uma Mina de água.
E depois retomamos o trilho, passando junto à Quinta Nova do Hespanhol, onde as heras tomaram conta do seu interior, para deleite dos fotógrafos…
Partimos depois, passando por um portal até um monte fantástico… A junção de cores e fenómenos fizeram dele um dos momentos mais fotografados pelo grupo de caminheiros…
O verde da relva contrasta com o firme azul do céu e o amarelo vibrante das flores de trevo… Já no céu, um avião deixou um traço de branco que contrasta com o negro da sombra das rapinas que aí voam livremente… É um cenário absolutamente irresistível…
Mais à frente uma trilogia de orquídeas selvagens…
Mais uma fachada de uma antiga quinta que guarda agora o trilho por onde passamos junto às vinhas…
Mais à frente vestígios de uma antiga casa senhorial, com um manto de xadrez feito pelo contraste entre as árvores, erva e flores… Flores de trevo (oxalis pes-caprae)e vincas (vinca difformis) abrem as suas pétalas ao sol…
Passamos por mais uma vinha e cruzamos a linha de comboio…
Mais uma subidinha no horizonte que nos leva a um campo de camomilas por entre as vinhas… O aroma é delicioso… Doce e suave…
Uma nova subida leva-nos aos moinhos… De onde apreciamos as vistas em redor…
Aproveita-se ainda para observar as pequenas flores que por aqui proliferam, para gáudio dos fotógrafos que até se colocam em posturas de yoga para as fotografarem…
Mas esta pausa serviu ainda para a foto de grupo… E que bela foto é!!
Descontraída e animadamente começamos a descer, pelo meio das vinhas e das flores, à medida que avistamos o Monte Branco, enquanto nos dirigimos para Runa…
Saltamos a ribeira, passamos um belo cavalinho apreciando a luz do sol e chegamos finalmente a Runa, com um sorriso imenso nos lábios, pintado a verde, azul e amarelo e aromatizado de camomilas…
Foi uma bela viagem por um trilho perfeitamente criado, aberto e limpo pelo PR que aqui fez 22 viagens de reconhecimento (e limpeza) antes de dar o trilho como "apto" para uma caminhada Mariola. E é de se lhe tirar o chapéu, pelo empenho, pelo gosto contagiante e por partilhar connosco estes locais!!! A ele e a todos os Mariolas, bem-hajam!!!
Até uma próxima e tockandar!!!
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