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terça-feira, 8 de março de 2011

Altos voos em Salvaterra de Magos

Foi em dia de Carnaval que nos deslocámos a Salvaterra de Magos.

Terra de magia? Não será bem assim, pelo menos por agora… Mas diz a lenda que em tempos, os Majus (nome persa atribuído a Mágicos e Feiticeiros) eram enviados para este local, por ordem da inquisição. Outra teoria existe que diz que Salvaterra significa "terra livre" (de impostos ou de outras obrigações). Quanto aos "magos", e tendo em conta a sua localização, a melhor explicação encontrada é a origem celta, que aponta para o significado de "campo". Seria pois, o equivalente à forma moderna "Vila Franca do Campo”.

Bom, mas não foi para ver “Magos” que aqui nos deslocámos, viemos para visitar a Falcoaria Real.

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Recuperando uma arte perdida por imposição dos tempos, de uma nova forma de caçar e de alguns decretos que relacionavam a falcoaria com a monarquia, a Falcoaria Real mostra uma exposição muito interessante sobre a arte de caçar em harmonia com as aves de rapina.

Arte vinda do Oriente, das antigas terras da Cítia, onde o Homem usava as aves para detectarem as presas. A ave voava e caçava-a e o Homem ficava com os despojos que ela deixaria, que seria a sua quase totalidade, uma vez que a ave come pouquinho. Desde essa época até à actualidade a ligação entre homem-ave evoluiu, com o uso de alguns equipamentos, como o rol, o caparão, a luva, as cascavéis… que facilitam a relação entre os dois caçadores.

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Estas pequenas máscaras, ou carapuças chamam-se caparões e são usadas para tranquilizar os falcões, tapando-lhes a visibilidade.

Mais detalhes sobre a história deste arte podem ser encontrados aqui.

Na Falcoaria Real, para além da exposição, podemos observar vários exemplares de aves de rapina.

Falcões de várias espécies…

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Este secava as asas depois de uma bela banhoca!!

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E Bufos…

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Depois assiste-se a uma “demonstração” do voo do falcão.

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Retirado o caparão, o falcoeiro solta o falcão e deixa-o voar, ouvimos o seu som pelos guizos (ou cascavéis) que traz nas patas e assim o falcoeiro pode seguir o falcão até à sua presa. No caso em questão, o falcão só se ia exercitar, pelo que à chegada, como se portou bem, recebeu o seu prémio sob forma de comida. Um pinto (já morto) foi-lhe dado para seu regozijo.

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Com a patinha ainda de fora do bico, voltou ao seu amigo humano que lhe colocou o caparão.

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Sossegado, voltou para o seu jardim particular e nós voltámos a casa.

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