E no dia do passeio foi assim...

Chegámos bem cedinho à Aldeia da Roupa Branca.













Toda engalanada e florida para nos receber...


















À medida que os caminheiros iam chegando, lá fomos conferindo as presenças...

E quando finalmente todos tinham chegado, fez-se a introdução ao passeio,

Sob o olhar atento e sorridente dos caminheiros.

Apresentaram-se os "guias" que iriam andar no meio da multidão dos cerca de 90 caminheiros, dando uma mãozinha a quem precisasse.

E dado o grito de "TOCKANDAR",

Deu-se corda às botas e começou o 1º Passeio da Aldeia da Roupa Branca.

Começámos por dar a meia-volta à aldeia...

E deixando a Charneca, feita a contagem de cabeças, rumámos ao trilho da Mina,

Que, como o nome indica, vai dar a uma antiga mina de água, local de brincadeiras, já lá vão alguns anos...

A caminhada foi prosseguindo, com caminheiros saloios e modernos lado-a-lado...

Por caminhos trilhados no meio de arvoredo, passámos levadas antigas e campos de cultivo actuais.

Sempre seguindo as marcações de flores azuis que nos indicavam o caminho.

Até que fomos dar à subida para o Moinho do Cabral...

Uma vez aí, pudemos apreciar as vistas e a paisagem e fazer uma pequena pausa.

Por um lado para reagrupar... Por outro lado para chegar até nós um membro da AMCD Charneca que vinha buscar a chave da viatura de um caminheiro, que estava a impedir a saída de alguém... Os imprevistos acontecem sempre mas, com boa vontade, tudo se resolve!! :)

E mantendo a boa disposição, lá começámos nós a descida do moinho.

Fugindo às pecuárias locais, "enfiámos" pelo meio dos eucaliptos, por um trilho mais aromático, se bem que mais denso em termos de vegetação.

E um pouco mais à frente deparamos com um cenário que, em pleno séc. XXI, poderia ainda assim passar-se no tempo da Beatriz Costa...

Confirma-se... Ainda há pastores às portas de Lisboa!!

Foi mais ou menos nesta altura que houve necessidade de refrear um pouco o ritmo... Por um lado o abastecimento estava ligeiramente atrasado (explicarei mais à frente porquê)... Mas por outro lado, na rectaguarda do grupo havia um jovem que estava aflito, com bolhas nos pés...

Mas não houve problema!! Os nossos guias trataram dele, colocando-lhe pensos nos pés e chegando mesmo a carregá-lo em peso até ao local do abastecimento (1,5km mais à frente). Porque nestas andanças é mesmo assim, há que auxiliar quem já não pode andar e levá-lo até local seguro para depois neutralizar.

Entretanto, já o grupo da frente chegara ao local do abastecimento...

E aí foi a surpresa!! Fomos recebidos não com fanfarra, mas ao som de concertinas e acordeões, recuando atrás no tempo...

À altura em que os saloios da Charneca percorriam a pé estes trilhos, encontrando-se nas encruzilhadas onde partilhavam a merenda e faziam a festa.

E assim foi, que no dia do passeio, os caminheiros foram recebidos!! À boa maneira saloia!! Com cestas de pãozinho com torresmos e chouriço, frutas e um saquinho com uma caneca e um parrameiro - o bolo de festa saloio.

E eis aqui o motivo do ligeiro atraso no abastecimento... A burra Carriça que teimava em não querer andar!!! Mas depois lá atinou e foi-nos receber, representando o que aconteceria no início do século passado, quando o moleiro vinha com o seu jerico do moinho, trazendo a farinha acabada de moer.

E foi a festa!! Como tínhamos de esperar pelo grupo do fim que trazia o jovem com as bolhas nos pés, aproveitámos e para não arrefecer, lá demos um pezinho de dança!!

Ora espreitem aqui neste vídeo para verem e ouvirem como foi!!

Barriguita cheia, ânimos recompostos e pezinho de dança já dado, foi altura, depois de reagruparmos, de voltarmos ao trilho.

Passando por pomares e pinhais, rumo aos moinhos da Charneca.

Moinhos esses que nem todos chegaram a ver... É que a dada altura, numa encruzilhada, o caminho certo estava marcado para a esquerda, mas houve alguns que seguiram pela direita. Ninguém se perdeu, mas fica a nota para que numa próxima o trilho fique melhor marcado, sem ambiguidades, para não haver dúvidas!!

Grupo reunido novamente, começamos a ouvir os gaiteiros a tocar na Charneca.

Já estávamos bem pertinho do final e mesmo antes de chegarmos à Aldeia da Roupa Branca, bem perto da casa onde a saudosa Beatriz Costa nasceu, reagrupamos toda a gente para entrarmos na Charneca, como de lá tínhamos saído... Como um grupo, sem deixar ninguém para trás.

Ocupámos novamente o Largo da Fonte, onde fizemos os alongamentos, antes de irmos almoçar...

Os que não almoçavam, podiam sempre ir à Taska dos Russos fazer a prova de licores,

Ou dar uma voltinha pelas tasquinhas e tendas de artesanato existentes na aldeia.

Os que ficaram para almoçar, foram bem recebidos. Sentadinhos, passado algum tempo começou a chegar a paparoca... A bela grelhada mista, feita com requintes de quem sabe o que faz, fez as delícias dos caminheiros. Travessa atrás de travessa, até já não se comer mais... Só sobrou um espacinho para a sobremesa... E quiça uma filhós (ou duas!!)

 

E depois, para desmoer, tockapassear pela Aldeia da Roupa Branca, visitando as tasquinhas,

Comprando rifas (que saem sempre!!)

E assim se passou este 1º Passeio da Aldeia da Roupa Branca.

 

No final houve quem pedisse por mais iniciativas do género, pessoas a deixarem já a inscrição para o próximo ano, vozes de apoio e encorajamento.

 

Claro que houve também críticas... Todas devidamente anotadas para que possamos melhorar em eventos futuros.

 

Pessoalmente, creio que foi um dia muito bem passado.

 

Para 1º Passeio, tivemos uma aderência tremenda. Perto de 90 pessoas vieram neste dia caminhar pelos trilhos saloios da Aldeia da Roupa Branca, partilharam sorrisos, trocaram impressões e no final acredito que voltaram às suas casas enriquecidos pela experiência.

 

Bem-hajam a todos os que participaram e  a todos os que colaboraram para o sucesso deste 1º Passeio da Aldeia da Roupa Branca.

 

E não se esqueçam... Tockasorrir, tockandar!!!

 

PS: Fotos gentilmente cedidas por C.Aguiar e F.Cardoso. Obrigado Amigos!!