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quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Dia 3 em Mondim de Basto

Depois do Monte Farinha decidimos dar mais umas voltas por Terras de Basto, mas desta vez com um guia da Basto Radical!

Qual não é a minha surpresa quando me apercebo que o guia tem sotaque brasileiro. Pensei eu: "Atão? Como é que um brasileiro veio aqui parar?"

Acontece que o Fernando nasceu em Mondim, mas foi para o Brasil muito novo, com o pai, tendo voltado a Portugal há coisa de 30 anos.

Começou a calcorrear os trilhos de Mondim de Basto que são muitos, deixando-se enfeitiçar pela magia daquelas terras.

Descobrindo novos trilhos antigos, por levadas que já tinham ficado esquecidas pela população.

Ora acontece que o Fernando é também o Presidente da Junta de Freguesia de Mondim de Basto! Portanto tinhamos ali um guia muito especial!

Foi ele quem nos explicou que se chama Farinha ao monte, por este se parecer com um monte de farinha, que fica precisamente com aquela forma cónica... Nada mais lógico.

Explicou-nos também que Ermelo é uma expressão usada para "homem bruto".

Levou-nos pela Levada de Piscaredo.

E mostrou-nos essa maravilha desbravada pelas gentes da terra há mais de um século.

Que com a vinda dos carros e estradas de asfalto se perdeu nas memórias dessas mesmas gentes...

Saltou connosco as poldras do Rio Cabril.

E levou-nos a bom destino, em terras de Basto...

Que assim se chamam devido a um guerreiro que as foi conquistando, ao mesmo tempo que afirmaria "Aqui basto eu!"

Disse-nos ainda que não há tanta gente a querer caminhar, mas está-se a tentar inverter a situação, organizando passeios e caminhadas, através da junta de freguesia http://jf-mondimdebasto.pt/.

É uma terra linda esta!

E é uma pena que as pessoas não a conheçam, com a calma que só se adquire ao caminhar...

Não é de carro que se conhecem as coisas, é saindo do trilho normalmente usado que deparamos com as maiores surpresas...

Descobrimos libelinhas negras que nos acompanharam por parte das levadas.

Passámos por trilhos com aroma de mentas, eucaliptos e pinheiros. Os plátanos estavam lá e davam-nos sombra.

E a água fluia sempre, a nosso lado, mostrando-nos o caminho.

Retornados ao hotel, decidimos espreitar as Fisgas de Ermelo, já no Parque Natural do Alvão.

Apesar de não terem a majestade que adquirem no Inverno, quando o caudal das águas aumenta, vale a pena visitá-las e ir mais acima, ver as lagoas.

Existe um trilho que havemos de explorar com o Fernando, que passa junto ao rio por uma garganta cavada na rocha, até umas lagoas. Mas ficará para a próxima, porque vamos voltar...

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