Foi uma aventura de 3 dias em terras de Almeida.
Partimos inicialmente de Castelo Rodrigo até Pinhel; depois de Pinhel avançámos até Almeida e no último dia saímos de Almeida para terminar em Castelo Mendo.
Proponho-vos o relato dessa aventura.
Cuidado, que este post é daqueles bem compridos…
Dia 0
Foi numa fria noite de Lua Cheia (ou quase) que nos fizemos à estrada, com destino traçado para Almeida.
Uma vez aí e depois de um ligeiro repasto para reconfortar o estômago, fomos dar um piqueno passeio pela vila-fortaleza…
Passadas as portas, descobrimos uma fortaleza de luz.
Toda iluminada pelas decorações de Natal.
E depois fomos descansar, que a noite já não era menina… E o nosso sono de beleza já se fazia esperar!!!
Dia 1
Acordámos para um dia que se previa chuvoso e muito frio… Mas após a quebra do jejum apercebemo-nos que talvez assim não fosse… O frio estava lá… em Castelo Rodrigo…
E estes “militantes do IRA” também!!!
(Frio a quanto obrigas!!!)
Mas a chuva… Parece que S.Pedro estava bem disposto neste dia… Apesar das nuvens baixas… O tempo manteve-se húmido, mas seco!! (Ai santa incongruência!!!)
Passado o primeiro obstáculo, tockandar…
Por entre bosques radiosos, de folhas douradas,
Pisando em tapetes de verde cobertos, lá fomos nós…
Subindo a serra da Marofa… Uns, em zig-zag, observando as estações…
E outros a corta-mato, todos subimos para ver o Cristo… Que não foi lá abaixo ver isto!!!
Em vez disso, ele observava lá do cimo, Figueira à esquerda e o Castelo, Rodrigo, de seu nome.
Depois… Depois entrámos em terra de cogumelos!!!
E qualquer semelhança entre o verdadeiro e aquele que eu trazia na ponta da unha… Não era mera coincidência!!!
A seguir, demos mais umas descidazinhas
Até chegarmos a uma aldeia abandonada, onde o brasão dos Cabrais ainda se fazia ver…
Aí merendámos…
E decidimos o que seria o nosso jantar…
Quem quer posta? (Há pr’ali um guloso que pede 2 em vez de uma!!! Hihihihi)
E bacalhau?
E quem é que quer cabritinho?
Depois de decidido o jantar, tockandar para arranjar espacinho para ele…
Saltando riachos e passando por locais lindos… A que as fotos, por melhores que sejam não fazem jus…
Absorvendo os fortes aromas a rosmaninho, passámos uma vez mais em terra d’El-rei D. Cogumelo…
E depois chegámos às verdes margens do Côa.
E atravessámos para o outro lado
Aqui, o terreno era diferente, mas sempre belo.
Lá em baixo o rio corria num desfiladeiro
E as rochas vestiam as suas roupas de Inverno
E depois começámos a ver novamente os tons dourados…
À medida que Pinhel se aproximava…
Mesmo a chegar ao destino, lá se foi a bateria da máquina, mas não sem antes conseguir capturar um vislumbre das torres do Castelo de Pinhel.
Depois foi tempo do jantar de real “Cumbíbio” e de um serão de fados de Coimbra e canções do Zeca,
Acompanhados por poesias do Ary, que deliciaram todos os presentes.
Dia 2
Depois de um serão daqueles, no dia seguinte estava tudo cheio de pica para começar a caminhar…
Mas S.Pedro enviou-nos a chuva!!!
E foi uma caminhada bem abençoada… Ai se não foi!!!
Mas a chuva, para além da molha, trouxe também o viço!!!
E apesar de termos de caminhar, de cabeça baixa, para não apanhar com a chuva na cara… O moral, esse é muito elevado!
Pois com malta deste calibre, não há chuva que nos esmoreça!!!
E a paisagem ao ver-nos caminhar assim, veste-se nos seus mais belos tons de verde,
Para nos receber.
E nós… Tockandar, que está a chover!!!
Com guarda-chuva, ou sem, o ânimo é forte
E até deu para “apanhar” flores!!
E outros pormenores rurais…
E outros que tais, como esta árvore solitária que nos agraciou, com o seu encanto dourado.
Mesmo a chegar a Almeida, cruzámos o Côa, sussurrando baixinho: “Até amanhã.”
Dia 3
Arrancámos um pouco mais tarde que o habitual, mas nada de grave…
E deixámos Almeida para trás…
S. Pedro hoje estava a ser amigo e devido à chuvada da véspera, a paisagem estava de um verde mais verde!!! Viçoso!
E nós lá avançámos, por entre o verde e o doirado
Numa palete de cores outonais, que nos enchiam os olhos e a alma!!!
E voltámos a entrar em território d’El-Rei D. Cogumelo!!
Este media bem uns 20cm de diâmetro, se não mais.
Aquela manchinha redonda à esquerda é uma moedinha de 5 cêntimos!!!
Depois encontrámos estes, que pareciam ter vestido uma camisolinha para se protegerem do frio!!!
Tal como algumas árvores, que também já se estavam a agasalhar para o Inverno…
Mas por enquanto o Outono ainda aí está… Ao virar do trilho, com as suas cores meio quentes, meio frias…
E mais uns passos e chegámos novamente ao Côa.
Que hoje reflectia o céu azul…
Deixando-nos de reflexões, tockandar para a outra margem do rio, atravessando a ponte (a antiga, do séc. XVII – se a memória não me falha!!)
Mais à frente paramos para apreciar a paisagem…
E valia bem a pena uma pequena paragem. O rio serpenteava por entre a vegetação, com um brilho de prata
E nós? Tockandar, que Almeida já ficou para trás, mas ainda temos muito que palmilhar, que ver, que cheirar, que sentir e que gostar!!!
Pouco depois, mais uma paragem. Uma capelinha deu o mote à foto – do fotógrafo!!!
Parece um caçador, ali rasteirinho, junto à vegetação, preparado para apanhar as suas presas, sorridentes!!!
Mais à frente passamos por uns “gandas” nabos!! Não é no sentido pejorativo!!! Os nabos é que eram mesmo grandes, ora vejam!!!
Este tinha aí o tamanho da minha cabecita!!!
Uns passos mais e chegamos a uma zona de cabaças!!
Não sabia que as cabaças vinham de árvores… Sim, sei que é uma falha, mas não sabia… Julguei que fossem como as abóboras!!! Até as ovelhas ficaram a olhar para mim!!! Mé-é-é-é!!!
Avançando…
Passamos por uma cerca de arame farpado… Enquanto uns foram à volta, houve quem pulasse a cerca!!!
Mais à frente entrámos no bosque encantado…
Onde os carvalhos nos olham timidamente lá do alto dos seus despidos ramos…
Num ambiente meio fantasioso, tivemos uns encontros estanhos… Com caveiras…
E porquinhos com piercings no focinho!!!
E depois, entramos em campo mais aberto… Onde as cruzes imperavam… “Esta é uma terra de cruzes!”, alguém dizia!!!
Quase chegando ao destino, lá fomos andando…
E um pouco mais à frente, Castelo Mendo abria-nos as suas portas…
E nós pudemos desfrutar desta pequena aldeia histórica, anichada dentro das ameias desta fortaleza.
Desde as ruas empedradas, às fontes e ao pelourinho Manuelino…
…Às fachadas das casas e às ruínas de uma antiga igreja românica.
E as vista do castelo, a 721m de altitude…
Simplesmente… Magníficas!!!
Um belo pano de fundo para românticos momentos…
E assim terminaram 3 dias de caminhadas por belas paisagens do concelho de Almeida, com bons Amigos por trilhos meios perdidos e (re)encontrados.
Sem comentários:
Enviar um comentário