Dia 2
Domingo, era dia de uma caminhada mais curta. Não tínhamos nenhum barroco para subir, mas nem por isso a caminhada foi menos divertida, ou menos bonita!!!
Saímos de Oledo, rumo a S.Miguel d’Acha – assim chamado devido a uma princesa moura chamada Acha, por quem o capitão que tomou aquelas terras aos mouros, e as consagrou a S.Miguel, se enamorou.
Teríamos de atravessar algures a Ribeira de Alpreade, mas a coisa não estava fácil.
Enriquecida pelas águas da chuva dos dias anteriores, a ribeira corria forte e só de jangada é que a conseguiríamos atravessar…
Assim, tivemos de passar ao largo da ribeira para arranjar outra alternativa para a atravessar, o que se traduziu numa travessia por terras bem molhadas de Oledo…
Para escapar à molha das botinhas, alguns amigos atiraram-se aos arbustos…
Mais à frente é que entendemos o motivo de as terras estarem tão aguadas!! MCStor começou às voltas com a nora… e começou a meter água!!!
Por terrenos mais elevados continuamos o nosso passeio…
E mais à frente foi altura de ultrapassar mais um obstáculo…
E mais outro…
E outro ainda…
Até entrarmos em terras do Sr. Rolão Preto, um rico senhor (ou senhor rico!) que se tentou revoltar contra o regime salazarista nos anos 30. Nesta parte da caminhada vim atrás do Z.E. e da C.R. que iam ali num animado debate histórico sobre esta época… E também é por isto que as caminhadas são interessantes… Aprende-se qq coisinha!! ;)
Avançando nas terras do dito senhor… Bem viçosas por sinal…
Lá tivemos de superar mais um obstáculo… Desta vez foi rastejar por baixo da cerca! Ai se a minha Mãe sabe!!! Hehehe!!
Mas o prémio de tanto obstáculo superado estava à vista. Merendar junto ao Rio Ponsul.
Houve até quem arranjasse uma ilhota privada, ideal para namorar…
Deixando os pombinhos em paz, o cenário era idílico… E devo dizer que foi muito a custo que nos levantámos e continuámos a caminhada… É que se estava mesmo bem…
Mas o que tem que ser, tem muita força e lá voltámos nós a abrir trilho por entre o bosque de musgo vestido…
Onde os cogumelos davam um ar da sua graça.
Lá em baixo, o rio serpenteava…
Pelas magnânimas paisagens beirãs… bordejadas de estevas e rosmaninho, que ainda que não em flor, nos animaram o caminho!
E nós… tockandar… ao seu lado!
Dizendo olá à fauna local…
Aproveitando todo aquele verde, que nos enchia os olhos e a alma.
E o azul do céu reflectido em cada ribeiro…
O nosso caminho em Oledo estava no seu final…
E foi com uma nova alma e com o espírito mais leve que deixámos as terras da Beira Baixa, com vontade de voltar.
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