Depois de uma valente caminhada com muito calor, o que é que apetece no dia a seguir? Repetir a dose, pois claro!!
E assim foi que, depois de uma noite muito bem dormida e que permitiu retemperar forças, nos encontrámos com o AA – o mentor das Grandes Rotas Duras do Caminhar em Portugal, para com ele reconhecermos o percurso da Grande Rota Dura da Serra dos Candeeiros.
E às 08h30 lá nos encontrámos em Alcaria, junto à Igreja, para iniciarmos o nosso trilho. A manhã estava apresentava um céu agradavelmente encoberto por algumas nuvens e a temperatura estava amena quando começámos a descer por um pictoresco bosque de vegetação mediterrânica.
Um pouco mais à frente, o dito bosque resolveu fazer uma partidinha ao AA, puxando-lhe o chapéu, enquanto ele cortava umas silvas ali por perto… Malandrice!! Hihihi!!!
Mas deixando a poda e a malandreca silva para trás, continuámos pelo bosque, apreciando os pilriteiros e as suas vivas bagas vermelhas e a salsaparrilha-bastarda, em flor, ou de bagas negras.
E um pouco mais adiante, ao deixarmos o bosque, tivemos a companhia de 2 simpáticos cachorritos
Que connosco seguiram até à 1ª subida do dia…
Que nos levou até ao cimo de um morro…
De onde pudemos depois apreciar as vistas sobre o Livramente e o vale do Lena (?), bem como a Serra Galega do outro lado do vale…
E mais ao longe… Porto de Mós e o seu castelo altaneio…
Descemos o morro, perseguidos pelo aroma do tomilho que sobe aos nossos narizes, à medida que o pisamos…
E voltamos a subir, para encontrarmos o famoso trilho dos fósseis…
Aqui e ali pontilhado de cravos silvestres…
Aqui investimos algum tempo, apreciando estas maravilhas embutidas na pedra ao longo do tempo… E colocando-lhes um pouco de água ainda melhor se notam os contornos destes anciãos…
Descemos depois, para uma zona mais rural
Seguimos por um estradão e entrámos depois num bosque maravilhosamente sombrio… É que a temperatura sentida a esta hora era excessivamente elevada, pelo que a sombra foi realmente muito bem-vinda… Pena que não durasse muito…
Pouco depois começamos a descer (por engano) o trilho dos moinhos que nos conduz ao almejado Parque de Merendas e posteriormente aos Túneis da Corredoura.
Aproveitamos então a sombra no parque para descansarmos, comermos e hidratarmos… Atendendo às condições de calor e à quantidade de água que dispúnhamos, tomamos a (boa) decisão de não fazer o percurso na sua totalidade e, ao invés de subirmos a serra, optamos por atalhar pelo estradão, rumo ao campo da bola e daí até ao Sítio do Elias.
Uma vez no Sítio do Elias, aproveitamos para descansar e hidratar uma vez mais… Uns com água... Outros com moscatel!! E à saída do Sítio do Elias, depois de deixarmos a nossa mensagem no livro de visitas, o moscatel deu o seu sinal… Uns esqueciam-se dos bastões, outros da mochila!! Até subiam mais ligeirinhos!! ;)
A temperatura entretanto baixara um pouco, ao contrário dos ânimos… Esses estavam agora bem em alta… Subiam ao céu, como estas plantas de aloe!!!
As pausas tinham sido produtivas e dirigiamo-nos agora, com uma belíssima e refrescante brisa, para Serro Ventoso (que assim fazia jus ao nome). Aí aproveitámos uma vez mais para hidratarmos (num simpático café) e enchermos as garrafas com água do chafariz, água essa recuperada das chuvas e filtrada por um engenhoso sistema que se assemelha à natureza – a barragem pluvial.
Deixamos então Serro Ventoso para trás e começamos a subir, traçando o azimute aos moinhos…
E passando Chão das Pias e mais um e outro exemplar de cravos silvestres…
Antes de rumarmos à majestosa Fórnea…
Esta magnífica formação é extraordinária… Um anfiteatro natural, em forma de U, com cerca de 500m de diâmetro e 250m de altura, criado pela erosão das chuvas…
Depois de a apreciarmos, há que encontrar o trilho de descida… Cá vamos nós, apontando primeiro ao muro, depois ao pinheiro… E tockadescer, cascalheira abaixo!!!
Pouco a pouco, pedra a pedra, descemos, com muito jeitinho (aqui mais vale o jeito que a força!!) até chegarmos ao sopé da Fórnea…
E aqui encontramos um romântico local… Alguém aqui plantou uma roseira e deixou a sua palma, em conjunto com uma bela mensagem de amor…
Mais à frente encontramos um tanque onde corre um fio de água…
E é aqui que ocorre o ritual de purificação, ou arrefecimento!! Primeiro ajoelha-se, depois mergulha-se, a seguir reza-se e depois coçam-se as orelhinhas!!!
"Ai é? Então deixa lá experimentar também!!"
Purificados e arrefecidos, continuamos o último km do trilho que nos leva, por entre buganvílias até Alcaria…
Regressados ao ponto de início, restava-nos pois encontrar o Café do Henriques, recomendado pelo HC, para petiscarmos ao final do dia… Depois de algumas voltas lá o encontrámos (o nome no toldo tinha-nos induzido em erro das 2 vezes que por lá passáramos!!) e petiscámos, brindando ao final desta valente e excelente caminhada!!
Próximo sábado lá estaremos novamente… E até lá… Tockandar!!!
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