Último dia na Ilha Esmeralda… Acordamos um pouco mais tarde hoje… Aproveitamos para preguiçar… Afinal, sempre é Domingo… Despedimo-nos de Brendan & Paula, os nossos anfitriões da Quince Cottage, com os conselhos para visitarmos Dalkey, uma cidade portuária que, na época dos Tudors, se tornou num grande porto, já que reunia boas condições para desembarcar as ricas mercadorias que os ingleses na altura traziam para a Irlanda.
Mas antes de visitarmos Dalkey, andámos em busca dos binóculos ultra-potentes, que deram o nome ao Sir Charles of the Missing Binoculars!! Ou Binoculars-Man, para os amigos!!! Hehehe!!! Pois é… Conduzimos pela marginal acima, marginal abaixo, em busca dos binóculos e nada… No banco de trás só se ouvia o Carlitos “Mas era por aqui… Eram uns binóculos potentíssimos!!! Aquilo dava para ver tudo no mar…” Até que lá encontrámos… o sítio!!
Bom, para todos os efeitos a “Sexy Scone” encontrou depois uma foto dos binóculos desaparecidos, comprovando que realmente o Binoculars-Man não estava doido!!! Eles existiram mesmo!!!
Depois da vã busca dos binóculos, lá fomos até ao Castelo de Dalkey, onde recuámos no tempo, à era dos Tudors (séc. XVI) e fomos muito bem recebidos pela dona do castelo, que fez questão de nos mostrar os usos e costumes da sua casa, mas só depois de lhe garantirmos que não éramos amigos do inimigo – leia-se irlandeses!!! Caso contrário, pediria ao seu fiel escudeiro que nos atirasse com azeite a ferver e calhaus por uma espécie de chaminé situada à entrada do castelo…
Sendo portugueses (e os portugueses sempre tiveram uma tradição de amizade com os ingleses) entrámos incólumes!! E lá subimos a escadaria que ia dar ao grande salão onde a senhora do castelo nos recebeu, recrutando o Microman que, a partir desse momento, ficou conhecido pelo Master André-Arqueiro!!!
A mesa estava posta a rigor e Barnaby, o seu fiel escudeiro mostrou-nos todos os acepipes que lá havia, próprios de um banquete de tirar o apetite… Contou-nos ainda como ele tratava da roupa com urina… E a deixava ali penduradinha, junto à latrina, para que as pulgas saltassem da roupa para fora…
Depois, subimos à torre, para ver as vistas…
Aprendendo a lição sobre os ferozes arqueiros que, daquele castelo, se defendiam atirando setas sobre os malvados irlandeses que lhes queriam pilhar a mercadoria… É que naquela altura Dalkey era um porto natural importantíssimo, já que em Dublin as águas eram muito rasas para se poderem atracar navios de grandes dimensões… Então era por Dalkey que entravam as grandes mercadorias para a Irlanda…
Ora acontece que quando um arqueiro era capturado, os seus 2 dedos indicador e médio eram cortados, para que não mais pudesse empunhar o arco… Daí o nosso gozo mostrarmos os nossos dedinhos de arqueiros!!!
Descemos novamente ao salão, onde aprendemos o que faziam na altura aos traidores… Claro que o Master André-Arqueiro serviu de cobaia!!! Hihihihi!!!
Como a Senhora do Castelo gostava muito da “medicina moderna”, fez questão de nos mostrar como as coisas eram feitas no seu castelo, mostrando-nos o seu carrinho de cirurgião e como na altura as pessoas eram curadas das suas maleitas com sangrias; aliás o pau, onde enrolavam as ligaduras dos feridos e que teria uma cor vermelha, colocado na porta, provava que naquela casa teria havido alguém doente (ou um traidor)…
Mostrou-nos ainda a sua teoria de beber a urina dos pacientes para saber algo sobre as suas maleitas e humores… E claro, quando sangrou o Master André-Arqueiro, ela bem queria que ele desmaiasse, mas ele não estava para lá virado… Começámos nós a dizer “Desmaia, desmaia.” E ela também lhe solicitou “Dish maia! Dish maia!!” E ele lá nos fez a vontade!!! Hehehe!!
Enfim, acabou por ser uma manhã muito bem passada neste castelo que, na prática era somente um salão e um torreão, mas com esta encenação histórica em que apelam aos visitantes também a participar, tornou-se numa visita inesquecível. Um exemplo para os nossos castelos poderem dar-nos mais e melhores indicações sobre o que estamos a visitar…
Mas a nossa viagem estava a chegar ao fim… E depois de uns scones e chocolates (six e não sex – aqui no sul o sotaque não é tão arrevesado), lá fomos nós em direcção ao aeroporto…
E daí para o avião… Tudo a horas, tudo certinho… Tudo prontinho para regressar a casa desta grande viagem!!!
Pelo caminho fomos ainda apreciando o por-de-sol fantástico sobre as nuvens…
Já em Portugal, e para terminar em beleza, fomos jantar ao Hennessys Irish Pub, para brindarmos a mais viagens destas com a já famosa Guiness!!
Slainte!!! E tockandar!!!
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