Aproveitámos a semana entre o Natal e o novo ano para uma escapadinha até um outro Algarve… O da Serra de Monchique. Ficámos no Longevity Wellness Resort, desfrutando de uma soberba vista sobre a serra até ao mar e que à noite se traduzia num mar de luzes ao longe…
Decidimos dar uma voltinha pelas Caldas de Monchique… Um local pitoresco e cheio de recantos, meio escondido, meio envolto, pelos montes da serra… Capelas, pontes e escadinhas por onde vamos passando…
As cores de Outono/ Inverno imperam na praça central, em estilo art noveau tão típico dos anos 20 em que esta estância termal foi reconstruída…
Mais abaixo, as coloridas flores parecem brilhar ao sol de Inverno… Camélia, Hortênsias, Margaridas…
E na despedida destas ancestrais termas, somos uma vez mais impelidos a apreciar o contraste dos tons acobreados e verdes das árvores…
Subimos depois ao miradouro da Picota, onde as mariolas marcam a sua presença, mostrando o caminho a seguir para o cimo…
Do alto dos seus 774m é o 2º pico mais alto desta serra, com uma vista soberba sobre Portimão, lá ao fundo… E a barragem do rio Arade meio escondida na vegetação…
O pico mais alto desta serra é Fóia… Mas esse será explorado amanhã… Hoje visitamo-lo só de passagem, para o clássico chocolatinho quente!!!
No dia seguinte acordamos cedinho… Para hoje está planeada uma caminhada guiada pela serra, com rappel e escalada no final!! A empresa contratada é a Alternative Tour, e o Lúcio Feio é o nosso guia. Nascido em Monchique, vai-nos explicando um pouco da história desta vila meio perdida na serra…
Fala-nos dos Mascarenhas, a família dominante da vila que fazia a sua própria lei… Conta-nos que a magnólia secular morreu no verão passado… Transmite-nos a sensação de se viver quase na Idade Média até meados do séc.XX, antes das estradas e do interesse pela serra começarem a crescer…
Fala-nos também das espécies autóctones, como a do carvalho de Monchique (quercus canariensis) que crescem neste particular clima mediterrâneo-subtropical-húmido…
E conta-nos como a serra vulcânica foi formada, mostrando-nos vestígios de lava que solidificou lenta, lentamente…
E onde hoje temos um bosque de sobreiros, apanhou-se noutras eras o granito de Monchique – ou sienito, bem como o arenito…
Também por aqui encontramos já as acácias amarelas que nos fazem tropeçar nas suas raízes numerosas…
À medida que vamos subindo, vamos deixando a floresta para trás e as vistas começam a ser mais amplas…
Passamos por uma antiga fazenda, hoje dotada ao abandono…
Custa a crer que nestas terras abundavam plantações de batata há menos de 50 anos… Hoje temos um “xilofone” artesanal, um lago artificial e o que resta da casa principal…
Seguimos o nosso rumo, com o Alto de Fóia em vista, passando por um sobreiro onde os javalis vieram afiar as suas presas, deixando para trás uma árvore nua e como que a sangrar… Encontramos ainda um pequeno musaranho pelo caminho…
E fazemos uma breve pausa para apreciar a belíssima paisagem…
Observando ao longe a Picota onde estivemos no dia anterior…
E chegamos finalmente a Fóia… Dirigimo-nos, depois de um belo repasto ao ar-livre, ao Penedo de Fóia, onde nos começamos a preparar para descê-lo em rappel e subi-lo em escalada!!!
Arneses e capacetes colocados, e tockandar!!!
O Lúcio vai-nos explicando passo-a-passo no que a actividade consiste, nos tipos de nós usados, nas triangulações…
Uma breve pausa para observarmos a paisagem e Carlitos- o outro guia, faz a 1ª descida em rappel,
E logo depois somos nós… Tockarappelar!!!
E logo a seguir, tockascalar o penedo!!!
Terminamos a belíssima actividade com um olhar sobre o resto de Portugal que daquela serra fantástica se consegue observar, prometendo regressar…
O dia seguinte é dia de regresso a casa, mas com uma breve passagem pela Barragem de Stª Clara, sobre o rio Mira.
De passagem, visitamos também a Barragem do Monte da Rocha, onde aproveitamos para contemplar as águas brilhantes do Sado…
E assim terminou um belíssimo passeio por terras lusas… E tockandar!!!
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