A Primavera está a chegar...

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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Moinhos dos Cubos – 2ª Edição, Dia 2

Foi um grande fim-de-semana este! Grande pela dimensão dos sorrisos que originou… Grande pela amizade que se sentia… Grande pela forma como fomos acolhidos nesta 2ª Edição dos Moinhos dos Cubos. E grande portanto, será também este post… Com muitas, muitas fotos! Tantas que optei por dividi-lo em 3, consoante o nº de dias.

Devo dizer que falhei a 1ª Edição, que teve lugar no ano passado com a malta que subiu ao Toubkal. Nesta 2ª Edição houve algumas ausências, todas elas sentidas, mas ainda assim, o grupo funcionou muito, muito bem, tornando esta 2ª edição um sucesso, com pedidos para mais!!!

Dia 2

Eram 07h30 quando, já acordada, começo a ouvir portas a bater… E quando bateram à minha porta a dar a alvorada, gritando alegremente: “Bom dia!! Vamos a acordar!! Tá na hora!!”, salto da cama, ainda enrolada no saco-cama e abrindo a porta de par-em-par, prego um valente susto ao Sô MC que já por ali andava a acordar toda a gente!! Hehehe!!

Depois de um valente pequeno-almoço, lá deixámos os Moinhos dos Cubos, iniciando o nosso trilho.

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Então e vamos para onde? Quem é o guia? Éramos todos nós, em sintonia…

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Seguimos por caminhos de pé posto, trilhos por entre as azinheiras, que nos levavam onde a gente quisesse ir…

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No nosso caso, para começar, o destino era Alegrete e o seu castelo altaneiro.

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E pelo caminho fomos descobrindo ainda bons terrenos de cultivo, onde as favas medram e as batatas grelam…

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Onde os narcisos florescem, à beira de paredes caiadas de branco… 

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Onde as oliveiras ainda vingam nos campos vestidos de verde, dando-nos sombra no caminho…

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À medida que nos aproximamos de Alegrete, ninguém resiste ao encanto deste castelo empinado no alto do monte.

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E muito apropriadamente, passeamos com a Bicas, pela sua fonte!!

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E vamos aproveitando para “cheirar” as belas flores, que nos aparecem pelo caminho…

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Desde uma “espécie” de dália de cor rosa, encantadora a reluzir ao sol, a outras flores, vermelhas, rosadas, ou couves em flor e estrelícias.

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Em Alegrete, começamos a subir, rumo ao castelo, passando um bar que poderia ser o nosso!!

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Indo depois dar a uma fonte, onde alguns aproveitaram para saciar a sua sede.

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Continuámos, subindo as ruas de Alegrete…

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Apreciando pequenos pormenores, como o Coreto, ou a Torre do Relógio, a Fonte da Praça e o conjunto com a muralha, mandada erigir no reinado de D.Dinis.

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Apreciamos ainda as igrejas… A Matriz (séc. XVI) – com a sua Torre do Relógio, e a da Misericórdia (séc.XVII), todas rematadas em azul que se confunde com o céu que lhes serve de pano de fundo…

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Entretanto, com a subida, a mais pequenita do grupo e a mais velhota começam a ficar cansaditas e aproveita-se para descansar, antes de entrarmos no castelo.

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E o castelo de Alegrete é magnífico! Remontando à época dos Lusitanos, foi depois da reconquista cristã que foi incorporado em território português e reedificado por ordem de D.Dinis no séc. XIV.

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Aproveitamos para passear nas suas muralhas e eis senão quando, Sir Charles of the Missing Binoculars encontra os seus binóculos desaparecidos!!!

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Ou pelo menos uns parecidos!! Não são tão bons como os originais, mas dão para observar quem está lá do outro lado a fazer adeus!!!

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observamos as vistas em redor do castelo… A localidade de Alegrete a seus pés e depois a serra e a planície alentejana…

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Saímos do castelo, procurando o trilho, por entre rosas que crescem junto à muralha, olhando a sua juventude perdida…

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Mais abaixo, passamos por uma horta, cultivada em socalco, com um nome característico (que já não me recordo), por cactos “plantados” em beirais e por antigas casas, meio em ruínas…

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Cruzamo-nos ainda com um curioso arco de uma porta, que revela alguns símbolos que se assemelham a flores-de-lis de um lado e cruzes templárias do outro, o que daria uma conotação de nobreza a esta casa. O que foi interessante é que a dona desta casa encontraram o arco por mero acaso, depois da parte de cima da porta de entrada ter caído, há algum tempo; nessa altura, aperceberam-se do arco real da porta original e decidiram-no colocar à vista de todos.

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Com a ajuda do dono desta casa, encontramos o trilho que nos levaria alegremente, e por “maus caminhos”, à ribeira e daí para a crista da serra. Encontramos também outros pormenores interessantes, como este sino ou esta pena…

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E à saída de Alegrete paramos, por um momento, a contemplar um olival com árvores que terão certamente pelo menos 1 século de existência.

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O trilho é bom e a companhia também…

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E num instante chegamos à ribeira…

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Quem aproveita para o mergulho é a Bicas, sempre pronta para ir buscar uma pedrinha ao fundo da ribeira!!

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Cruzamos nós também a ribeira para o outro lado, a passo, ou com balanço…

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E começamos então a subida da serra, “colhendo” flores, apreciando as vistas e ultrapassando obstáculos…

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Ficam entretanto pelo caminho M. e a pequena I. que já não consegue aguentar a subida, enquanto os restantes continuam até ao cimo…

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De lá, as vistas são magníficas…

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Aproveitamos então para, no cimo das rochas, fazermos um belo pic-nic. O sol morno cobre-nos o rosto, a vista preenche-nos a alma e o ar, fresco, enche-nos o peito. É bom estar aqui… Em harmonia.

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Aproveito ainda para apanhar mais umas florzinhas… Bem sei que não é Primavera, mas os campos já se começam a revestir de cor e alegria…

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E até as borboletas já andam no ar e os primeiros crocos do chão começam a brotar…

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Não resistindo às flores da serra, fui colhendo delicadamente uma a uma, cada uma das que fui encontrando. E quando dei por isso, deixámos a crista da serra e começámos a descer, por entre trilhos traçados no meio do pinhal, sempre com muito cuidado para não nos cruzarmos com as processionárias que poderiam magoar a Bicas.

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Do Pinhal, descemos mais, junto à ribeira, indo depois dar ao local onde antes se malhavam os cereais.

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E de onde podemos observar por entre o verde, Alegrete no fundo do vale…

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Descemos pois, apanhando um belo trilho, junto à ribeira…

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Tão bonito que até dava vontade de dançar!!! Para gáudio de todos e da Bicas que também queria dar o seu pezinho de dança!!

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Depois desta alegre dança, atentamos num outro pormenor… Ao longe um rebanho de ovelhas pastam nos campos verdes e um “borrachinho”, como o MC lhe chamou, pequenino, pequenino toma também o seu almoço directamente dos úberos da mamã ovelha. E foi giro notar que, ao verem-nos, o rebanho se uniu em volta do borreguinho, como que a protegê-lo.

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Deixamo-los pois, em paz, na sua refeição e continuamos o nosso florido caminho, dando apoio ao mais piqueno, que diz que já não tem forças nas canetas!!

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Passando ao largo de Alegrete, notamos mais um borreguinho em hora de refeição… Contou-nos a dona que nasceu dias antes, no dia em que fez muito frio… Mas apersar de mimoso, não chegará à Páscoa… É o ciclo da sua vida…

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Faltando muito pouco para chegarmos a Vale de Cavalos, fazemos um pouco de caminho por estrada, encontrando no vale, não cavalos, mas vacas bravas a pastar e a descansar ao solinho do fim de tarde…

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E lá chegamos, 18,5km depois aos Moinhos dos Cubos onde, depois de uma bela banhoca, se começam os preparativos para o petisco que viria a ser o jantar…

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Ora o cardápio começou então com uma cachola e uma morcela bem assadinhas no carvão, bem regadas pela pinga que Lord Charles e Tia Cacá nos haviam deixado de véspera, seguidas de um belo piano no churrasquinho, com arroz “especial” e uma salada à maneira. Mas a surpresa da noite, foi o frasquinho que podem ver no centro da mesa…

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Não, não são azeitonas… São Uvas!!! Uvas mágicas!!! Deixadas a macerar em boa aguardente, o fez delas um pitéu daqueles… assim tipo ginginha, com elas!!! Daqueles que é bom para tirar o frio!!! E depois do petisco, foi hora do chazinho, à lareira, lembrando as boas memórias da belíssima caminhada do dia.

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E depois, bom… Depois foi hora de descansar, que no dia seguinte há mais… Tockadormir!!!

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