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segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Rota dos Conventos, em Palmela

Foi no Sábado que fizemos a Rota dos Conventos, em Palmela.

Um passeio muito bonito que recomendo vivamente. E se conhecerem alguém que perceba de história e simbologia, levem-no, que vai certamente adorar.

A caminhada iniciou-se no Castelo de Palmela;

descendo em direcção à vila, entramos depois em zona de arvoredo

e é aí mais à frente, na Serra dos Gaiteiros, que se inicia a descoberta...

Escondido no meio da vegetação, eis que aparecem lá ao fundo as ruínas de um convento que existiu outrora naquela região.

Era o Convento de Alferrara, fundado por volta de 1578, de acordo com este link http://pwp.netcabo.pt/cdhanani/setubalcultural/religioso/religiosoalferrara.htm

Aproximamo-nos primeiro de um poço,

e com cuidado passamos ao seu redor, para depois entrarmos numa espécie de capela, ou ermida, com tecto em cúpula e alguns frescos ainda visíveis nas paredes e tecto.

Depois, seguindo pelo denso mato, descobrimos mais à frente as ruínas degradadas do Convento.

Li algures que o terramoto de 1755 terá sido responsável pela sua destruição,

mas não foi certamente o terramoto que retirou de lá os azulejos e paineis que o convento teria no seu interior e de onde ainda se têm alguns vestígios...

É uma pena que não seja nem reconstruído, nem nos seja dado a conhecer a sua estória, uma vez que não existe qualquer identificação no local.

Depois de apreciadas as vistas e o local, avançamos em direcção ao outro convento, o Convento de S.Paulo.

Este recebe-nos com uma placa enorme que indica, como podem ver pela foto,

que o local, chamado Quinta de S.Paulo, se encontra em perigo de derrocada...

Aceitando o risco, decidimos entrar e ver o que ali terá em tempos existido...

Foi em tempos o Convento de S.Paulo,

ali criado em 1420 de acordo com este link: http://pwp.netcabo.pt/cdhanani/setubalcultural/religioso/religiosopaulo.htm E o que encontramos é "arte" para alguns, "mensagens" para outros, mas para mim, é uma maior degradação e uma total ausência de respeito por aquelas paredes e pelo que ali se terá passado em tempos.

E entristece-me ver um claustro completamente sujo de grafiti.

Subo os degraus e é lá em cima, num solário natural, com vista para o Sado, que fazemos a pausa para o almoço... e outros para a sesta!! Que o solinho quente do início de tarde a isso convidava!!

Estava-se bem, mas tínhamos de partir... Ainda vimos uma outra capela, adjacente ao convento, muito semelhante, se bem me lembro, ao Convento dos Capuchos, em Sintra.

Os baixos relevos aqui encontrados usam muito as conchas e búzios...

De acordo com algumas opiniões de colegas caminhantes, terá pertencido à Ordem de Santiago, cuja simbologia estava relacionada com a concha...

Da minha parte, declaro que sou leiga em relação ao assunto, mas do ponto de vista de um leigo, tenho pena que nada houvesse a explicar o que foi cada um daqueles conventos, que são hoje nada mais que ruínas...

Retornámos a Palmela, por calçadas feitas noutros tempos, onde aparecem resíduos fósseis de conchas pelo caminho, caminho que passa ao lado de levadas, umas em pedra outras em ferro

(ou tubos ferrugentos, como disse alguém...) até chegarmos a uma espécie de varanda natural,

com uma vista absolutamente fabulosa de Setúbal e Tróia...

E depois foi o regresso com o Castelo de Palmela no horizonte.

Foi um bom passeio... 18km, quando se esperavam 10... (ai que o guia não sabe somar!!!)

Mas mesmo com uns km a mais, valeu bem a pena conhecer este património, enquanto ele não cai de vez!

1 comentário:

isabel tiago disse...

Boa noite

Voltei hoje aqui e pelo que vi tem havida umas belas passeatas e alguns petiscos para recompor as energias.
Parabéns pelas fotos deees Portugal que poucos têm a possibilidade de vir a conhecer.
Votos de muitos e bonitos passeios.