Gerês, essa terra maravilhosa… Há já algum tempo que lá não íamos e quantas saudades…
Quis o destino que lá fôssemos agora, mas desta vez, para uma zona diferente do Gerês… Desta vez, fomos até Ermida, uma aldeia comunitária de onde se acede a algumas das (muitas) maravilhas deste Parque Nacional. Seguindo uma mariola sugestão do PR, ficámos alojados na Casa Baranda, no quarto com varanda, gerida pela Srª Balbina, mulher de faces rosadas e olhos claros, sorriso afável e espírito sereno que nos recebeu e tratou muito bem, fazendo-nos valentes manjares para o jantarinho… Ui, ui!! :)
E claro, depois de se comerem tais maravilhas (bacalhau com broa, cabritinho assado, cabidela de galinha), há que caminhar, pois então… E foi mesmo isso que fizemos!!
Saímos então da Casa Baranda com destino à Cascata do Tahiti!! Mas não cruzámos oceanos para isso, naaaa… Basicamente foi só descer a serra por caminhos lindíssimos que já irão apreciar… As vistas eram para todos os gostos… Campos rurais, serras ao longe, rios em baixo e até azevinho encontrámos!!
Então e as cascatas? Calma que já lá chegamos!! Primeiro há que entrar neste mundo mágico, passando o regato que corre pelo meio da vegetação, depois uma floresta de musgo que cresce na berma de um carreiro, com plantas que parecem árvores, calhaus que fazem 5 vezes de mim e que se têm de empurrar para fora do caminho e claro… cogumelos!!
Ufa!! Depois disto, passamos a ponte sobre o Rio Ermida e avistamos o curso de água que dá origem às Cascatas do Tahiti…
Seguimos então por um carreirinho que nos leva, junto ao rio até vislumbrarmos, no meio da vegetação a cascata…
Ei-la que corre em tons de branco e turquesa reluzentes ao sol…
Ao lado, uma antiga azenha que usava a força do rio em proveito do homem, agora desactivada revela-nos uma outra cascata…
Uma vez mais os tons turquesa levam-nos à imagem do paraíso além-oceano e compreendemos então o porquê de terem sido baptizadas com o nome de Tahiti…
Seguimos o curso do rio, contemplando as cores da límpida água que corre sobre o denso granito…
Descobrindo no meio da vegetação um divertido cogumelo amarelinho!! Junto a ele uma lenta lesma avança deslizando sobre as folhas e mais abaixo, mais uns cogumelos dão um ar da sua graça!!
Seguimos, tal como a lesma, lentamente, apreciando cada pormenor desta paisagem… Ouvindo a canção do rio que desliza bravamente sobre a rocha…
Deixando para trás o Tahiti, regressamos à floresta mágica, do Gerês e aos seus medronheiros de frutos vermelhos, aos seus cogumelos de estranhas formas…
Regressamos ao bosque dourado das folhas de Outono, ao riacho que corre por entre o negro granito, cruzamos a ponte, passamos a levada, cumprimentamos as vaquinhas e chegamos novamente à aldeia de Ermida…
Tinha assim terminado de forma brilhante este magnífico passeio pelo Gerês… Fora como se o bosque escondesse um portal que nos levasse para o Tahiti e nos trouxesse depois de regresso à Ermida… Mas no dia seguinte haveria mais…
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