Fomos de fds para Folgosinho!! Para nos alambazarmos no Albertino, mas não só… Caminhar é preciso!! E é bom!!! Muito!!
E com paisagens de Outono lindas como esta, a única coisa que me faria não caminhar era uma valente indigestão… Não minha, mas do meu Mais-Que-Tudo… que se resolveu alambazar no pequeno-almoço… Ora o sangue ficou confuso… Era necessário no estômago, mas as pernas também estavam a precisar dele… Resultado: lá tivemos de voltar lentamente para trás…
E pelo caminho, em pleno PR – A Rota dos Galhardos, depois de passarmos a ponte, ele já mais refeito do estômago…
Por entre a dourada vegetação…
Encontrámos montes de castanhas, umas ainda a pender dos ouriços e outras, caídas no chão…
As que estavam no chão, fomo-las apanhando, lentamente e com muita calma… Para não se estragarem, que afinal estava a chover (e algumas até já tinham sido meias pisadas)… Passado algum tempo tínhamos apanhado um carradão delas!!! Levamo-las para casa, lavámo-las bem e depois deixámo-las a secar, junto com as roupas, perto do aquecedor…
Enquanto o resto do grupo aproveitava a caminhada e os cheiros e cores do Outono, optei por dar um pequeno passeio na aldeia de Folgosinho e aí descobrir uma capela, onde há uns anos atrás entrei para tirar umas fotos e, com a diferença de luz, quando dei por mim, estava lá a decorrer um serviço fúnebre… Ops!! Lá saí de fininho!!
Este ano, a capela estava aberta e já pude tirar a foto!!
Daí passamos pela fonte, com os seus versos…
Pequenas verdades em relação à água (e ao que mais rimar!!)
Aliás, Folgosinho é conhecida por ter muitos azulejos com quadras alusivas à água, como estas:
Subimos ao castelo, de acordo com a lenda, fundado por Viriato, com as suas vistas belíssimas,
De onde se avista Linhais da Beira, lá ao fundo.
Já no centro da aldeia, atentámos no hino de Folgosinho.
E entretanto, caiu uma daquelas chuvadas de Outono, que nos fazem lembrar que o Inverno está aí ao virar da esquina… E ao virar da esquina encontrámos também os companheiros que vinham da caminhada. De uma belíssima caminhada… Depois, foi tempo de enxugar roupas, tomar banhocas e prepararmos para o belo do jantar no Albertino.
E nós não dissemos que não a nenhum e no final, meios protegidos da chuva na soleira do restaurante, soltámos as “granadas”, mais alguns fados, sem guitarradas e fizemos a festa!!
Foto de JJR
E no dia seguinte, TOCKANDAR!!!
Sim, estava chuva… Sim, estava nevoeiro… Não, não encontrámos o D.Sebastião!
Mas encontrámos estes cogumelos…
E estas árvores, já vestidas com cachecóis de musgo, preparadas para o Inverno.
E estas cascatas, engrossadas pelas águas da chuva…
E estes trilhos, plenos de folhas douradas, umas já caídas, outras ainda nas árvores…
E outros trilhos, cheios de musgo, ainda verde, contrastando com os dourados e castanhos em redor.
E subimos…
Com vontade de chegar à Igreja de Santiago, mas o granizo e o nevoeiro falaram mais alto. Não se justificava estarmos a ser fustigados pelo granizo só para lá chegarmos acima e não usufruirmos da vista deslumbrante da paisagem… Então optámos racionalmente por descer.
E eis que a uma cota mais baixa, alguns raios de sol conseguiram furar entre o tecto espesso das nuvens e iluminar a paisagem.
E o nosso trilho iluminou-se…
E apesar da chuva que caia, conseguíamos agora ver mais além…
~
Além das gotas de água, chegávamos ao Covão da Ponte…
E um pouco mais à frente, encontrámos abrigo para petiscarmos qq coisa e trocarmos de roupa.
E depois seguimos viagem,
Por entre o olhar de quem é, e vive da, e para a, terra.
Muita água caiu do céu
Mas nem por isso a paisagem deixava de ser bonita
Antes pelo contrário… As gotas de água conferiam-lhe mais luz.
E nós, tockandar por esses bosques a fora…
Uma vez no topo de mais uma colina, avistamos ao longe Folgosinho.
E descobrimos a calçada romana dos galhardos,
Que fomos descendo, com muito jeitinho (e algumas escorregadelas, pelo que a mão amiga dava sempre jeito!!)
A fantástica paisagem envolvia-nos
E mesmo aqui viemos encontrar, numa casa em ruínas, mais um azulejo com quadras.
Encerrámos assim a porta desta caminhada, assim molhada, mas que nos deixou a alma lavada…
E no final, celebrámos esta nova alma com um pequeno magusto, com as castanhas apanhadas de véspera. A receita para esta festa: juntámos os amigos lá em casa, mais umas chouriças e morcelas assadas, acompanhadas de bom pão centeio, mais o queijinho (para quem gosta), tudo bem regado com boa jeropiga local… Há lá festa melhor que esta?!
E tockandar!!!
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